4.12.06
Retomando a Caminhada
Desde o último texto aqui publicado a propósito de um infausto acontecimento, na esfera das minhas relações de amizade, tenho dado comigo mergulhado em pensamentos algo soturnos.
O sentido da vida, a busca da sua lógica profunda, que nos esforçamos por descobrir, por detrás dos absurdos que ela nos vai revelando, frequentemente nos desconcerta.
Os mais crentes resistem melhor a estes momentos de desalento; os outros amiúde vacilam, passam por períodos de baixa motivação e têm de lutar com persistência para retomar a caminhada e a anterior disposição combativa. A avaliar pelos livros que se exibem nas montras, nunca como hoje se terá visto tanta produção literária sobre temas religiosos ou da comummente designada ajuda psicológica.
É curioso que, no Ocidente, no momento em que as manifestações exteriores de fé religiosa quase desapareceram, quando triunfa o mais descarnado amoralismo, vemos surgir, com exuberância, um súbito interesse pelos temas religiosos :pilhas de livros sobre Cristo, Deus, Maria, Santos e outras figuras iluminadas da fé, aparentemente lidos, adquiridos por multidões, possivelmente as mesmas que enchem os centros comerciais e olham embevecidas os infinitos artefactos que a publicidade lhes inculca como essenciais para o seu bem-estar, talvez mesmo para a sua buscada felicidade.
Em paralelo, assiste-se a uma proliferação de seitas para-religiosas, filosóficas, espiritistas, de origem oriental, que prometem a paz interior, o apaziguamento da mente, em troca da desistência do real, pela procura do transcendente.
Para mim, todos estes comportamentos contraditórios traduzem um fenómeno de profunda desorientação colectiva, de enorme desespero por que passa a nossa coeva humanidade destes conturbados tempos.
Terminada a fase das crenças nas ideologias salvíficas, desacreditadas pela falência das suas experiências políticas e sociais, falência comprovada na miséria material, espiritual, filosófica e artística em que milhões de seres em todo o mundo caíram, com o correspondente sentimento de frustração e de amargura que neles se gerou, eis que surge agora, em força, como seu sucedâneo, a sedução do sobrenatural, do incógnito, do exótico, do esotérico, do obscuro e, pelo que se vê, com notável capacidade de atrair adeptos, alguns até surpreendentemente entusiasmados.
Mil e uma variedades de fantasia, de ilusão, à mistura com o mais despudorado charlatanismo vieram ocupar o enorme vazio deixado pelas utopias políticas falidas. Quando o Homem parecia finalmente dotado de formidáveis poderes instrumentais que a espantosa evolução científica incessantemente coloca ao seu dispor, quando tudo parecia inclinar-se para lhe propiciar uma era de franco progresso material e de relativa felicidade, capaz de o levar a enfrentar o futuro com maior confiança, ei-lo de novo desnorteado, confundido, vacilante, manipulado nas suas convicções, de tal forma que a própria alienação se lhe tornou imperceptível, indolor, pelas múltiplas técnicas subtis a que esta hoje recorre, para exercer o seu império incontestado.
Dir-se-ia que o feitiço se voltou contra o feiticeiro. Todo o secular esforço inventivo da Humanidade, que deveria servir a causa da sua libertação, parece concentrar-se no sentido da sua domesticação, da sua grande alienação dos mais elevados ideais que um dia ela sonhou.
Mas há, por outro lado, uma «humanidade triunfante», a que sorri permanentemente, a que é festejada pela TV, a que enche revistas e jornais, a que consegue reunir ante si multidões ávidas das suas palavras, imaginadamente tocadas de magia e de paixão.
Foi, assim, que voltámos a ouvir falar das mágoas e dos ressentimentos de Santana Lopes, pelas velhacarias de Sampaio Presidente, pela indiferença ou mesmo falta de solidariedade de Cavaco Candidato. Foi, assim, que ficámos a saber que Barroso havia sido eleito Europeu do Ano, certamente pela luminosa inteligência das suas propostas de afirmação política da União Europeia, algo emperrada ou diminuída no seu afã integrador de países e povos, mesmo se de duvidosa personalidade europeia.
A propósito, conviria definir o que é isso de Europa cultural, versus Europa física. Múltiplas luminárias, enfatuadas, de verbo abundante, começaram já a perorar à roda deste conceito, sem objectividade, é certo, mas com ruidosa insistência.
Presume-se que tudo isto vise a entrada da «indispensável Turquia», esse país que tem dado sobejas provas de espírito democrático, tolerante e convivente, como demonstrou até com a visita do algo mefistofélico Ratzinger, transmudado em Papa Bento XVI, afinal, bastante mais compreensivo com os desejos dos turcos em entrar para o clube dos civilizados europeus.
As subtilezas da diplomacia do Vaticano operam, por vezes, destas maravilhas. Veremos ainda onde pára o verdadeiro pensamento do actual Papa, se nos seus antigos escritos de intelectual consequente, se na linguagem cifrada e ambígua dos Ministros do Vaticano.
A questão da entrada da Turquia na União Europeia ganhou recentemente mais um motivo de picante interesse, a respeito do problema de Chipre, que aquela adquiriu ao admitir a entrada de parte desta no seu seio. Agora está obrigada a tratar com a Turquia como país de condição dúplice : amistoso, como candidato a membro da UE, mas hostil, ameaçador, agressivo e frequentemente intratável, numa das fronteiras desta.
E depois da eventual entrada da Turquia, o que se seguirá : entrarão também a Rússia, Marrocos, que, de resto, já formulou o competente pedido, o Líbano, Israel, o Egipto, a Tunísia ou a Argélia ? Acaso ainda veremos a UE a resolver o eterno conflito israelo-árabe?
Uma vez abandonada a matriz europeia, como serão rejeitados outros países candidatos, sobretudo os da bacia do Mediterrâneo, hoje de cultura islâmica, mas outrora pertencentes ao Império Romano, sob a comum civilização latina e depois cristã? Não foi Agostinho um exímio representante dessa florescente civilização?
Pode ser que o celebrado Europeu do Ano ainda nos surpreenda com pensamento original e criativo nesta bicuda matéria. Confesso que não é sem uma ponta de desconforto que faço estas referências a Durão Barroso. Sendo ele um nosso compatriota, porque raio não me sinto honrado com mais uma distinção de que foi alvo? Será que ninguém é profeta na sua terra?
Na verdade, a razão desta indiferença nada tem que ver com isso, mas com a lembrança que ele me deixou do seu desempenho na passagem pelo seu medíocre Governo, e com a sua simulada súbita saída do mesmo, por alegado imperativo de prestígio nacional.
Como recentemente o seu ex-rival, convertido em putativo amigo, vice e braço-direito, no Partido e depois substituto na chefia do Governo, Santana Lopes, acabou por revelar, aquela sua estudada surpresa pelo convite de Bruxelas foi mais uma das suas habilidosas encenações, a que Sampaio Presidente, outro notório simulador, emprestou a sua oportuna cobertura.
Com personalidades destas, bem governados temos andado e, infelizmente, continuamos a andar, na companhia de Sócrates e da sua pretensa família socialista. Como várias vezes aqui tenho afirmado, os dois principais partidos do centro político moderado, de orientação remotamente social-democrática, o PS e o PSD, têm sistematicamente defraudado o eleitorado nas suas passagens pelo Governo.
Tendo ambos aderido, em larga medida, às teses do neo-liberalismo económico e social, alienaram também a grande maioria do seu eleitorado, a depauperada classe média portuguesa, ultimamente posta a sangrar, pela política de suposta destruição de privilégios de Sócrates.
Quando esta «sanha reformativa» terminar, ver-se-á que sobram apenas os privilégios de origem política, directamente patrocinados pelos detentores do Poder, as conhecidas figuras dos aparelhos daquelas duas grandemente desacreditadas formações partidárias.
Até quando o chamado bom povo português continuará aguentando alternadamente tanta defraudação política, é coisa que ainda se não avalia. Mas os seus sinais de enfado e desinteresse com a presente vida política, formalmente democrática, são já bem nítidos, para quem os quiser entender.
Todavia, para que nesta crónica não predomine, por demasia, a nota do desencanto, direi que, apesar dos factores adversos que encontramos por todo o lado, mesmo nos períodos de maior descrença, é possível descortinar motivos para continuar a lutar por melhores dias, por um futuro melhor para Portugal. Basta que nos inspiremos nos bons exemplos da História, da nossa e da das outras nações, que, só para isso, já valeria a pena estudá-las.
Churchill recomendava-nos resistência e paciência na adversidade, acreditando sempre na justeza das nossas convicções. Nisso deveremos perseverar, sendo certo que sem luta, nada se consegue.
Ninguém nos oferecerá de mão beijada aquilo por que almejamos no plano político.
Haverá ainda, entre os actuais Portugueses descrentes, massa crítica suficiente para desencadear uma reacção política consequente?
AV_Lisboa, 03 de Dezembro de 2006
O sentido da vida, a busca da sua lógica profunda, que nos esforçamos por descobrir, por detrás dos absurdos que ela nos vai revelando, frequentemente nos desconcerta.
Os mais crentes resistem melhor a estes momentos de desalento; os outros amiúde vacilam, passam por períodos de baixa motivação e têm de lutar com persistência para retomar a caminhada e a anterior disposição combativa. A avaliar pelos livros que se exibem nas montras, nunca como hoje se terá visto tanta produção literária sobre temas religiosos ou da comummente designada ajuda psicológica.
É curioso que, no Ocidente, no momento em que as manifestações exteriores de fé religiosa quase desapareceram, quando triunfa o mais descarnado amoralismo, vemos surgir, com exuberância, um súbito interesse pelos temas religiosos :pilhas de livros sobre Cristo, Deus, Maria, Santos e outras figuras iluminadas da fé, aparentemente lidos, adquiridos por multidões, possivelmente as mesmas que enchem os centros comerciais e olham embevecidas os infinitos artefactos que a publicidade lhes inculca como essenciais para o seu bem-estar, talvez mesmo para a sua buscada felicidade.
Em paralelo, assiste-se a uma proliferação de seitas para-religiosas, filosóficas, espiritistas, de origem oriental, que prometem a paz interior, o apaziguamento da mente, em troca da desistência do real, pela procura do transcendente.
Para mim, todos estes comportamentos contraditórios traduzem um fenómeno de profunda desorientação colectiva, de enorme desespero por que passa a nossa coeva humanidade destes conturbados tempos.
Terminada a fase das crenças nas ideologias salvíficas, desacreditadas pela falência das suas experiências políticas e sociais, falência comprovada na miséria material, espiritual, filosófica e artística em que milhões de seres em todo o mundo caíram, com o correspondente sentimento de frustração e de amargura que neles se gerou, eis que surge agora, em força, como seu sucedâneo, a sedução do sobrenatural, do incógnito, do exótico, do esotérico, do obscuro e, pelo que se vê, com notável capacidade de atrair adeptos, alguns até surpreendentemente entusiasmados.
Mil e uma variedades de fantasia, de ilusão, à mistura com o mais despudorado charlatanismo vieram ocupar o enorme vazio deixado pelas utopias políticas falidas. Quando o Homem parecia finalmente dotado de formidáveis poderes instrumentais que a espantosa evolução científica incessantemente coloca ao seu dispor, quando tudo parecia inclinar-se para lhe propiciar uma era de franco progresso material e de relativa felicidade, capaz de o levar a enfrentar o futuro com maior confiança, ei-lo de novo desnorteado, confundido, vacilante, manipulado nas suas convicções, de tal forma que a própria alienação se lhe tornou imperceptível, indolor, pelas múltiplas técnicas subtis a que esta hoje recorre, para exercer o seu império incontestado.
Dir-se-ia que o feitiço se voltou contra o feiticeiro. Todo o secular esforço inventivo da Humanidade, que deveria servir a causa da sua libertação, parece concentrar-se no sentido da sua domesticação, da sua grande alienação dos mais elevados ideais que um dia ela sonhou.
Mas há, por outro lado, uma «humanidade triunfante», a que sorri permanentemente, a que é festejada pela TV, a que enche revistas e jornais, a que consegue reunir ante si multidões ávidas das suas palavras, imaginadamente tocadas de magia e de paixão.
Foi, assim, que voltámos a ouvir falar das mágoas e dos ressentimentos de Santana Lopes, pelas velhacarias de Sampaio Presidente, pela indiferença ou mesmo falta de solidariedade de Cavaco Candidato. Foi, assim, que ficámos a saber que Barroso havia sido eleito Europeu do Ano, certamente pela luminosa inteligência das suas propostas de afirmação política da União Europeia, algo emperrada ou diminuída no seu afã integrador de países e povos, mesmo se de duvidosa personalidade europeia.
A propósito, conviria definir o que é isso de Europa cultural, versus Europa física. Múltiplas luminárias, enfatuadas, de verbo abundante, começaram já a perorar à roda deste conceito, sem objectividade, é certo, mas com ruidosa insistência.
Presume-se que tudo isto vise a entrada da «indispensável Turquia», esse país que tem dado sobejas provas de espírito democrático, tolerante e convivente, como demonstrou até com a visita do algo mefistofélico Ratzinger, transmudado em Papa Bento XVI, afinal, bastante mais compreensivo com os desejos dos turcos em entrar para o clube dos civilizados europeus.
As subtilezas da diplomacia do Vaticano operam, por vezes, destas maravilhas. Veremos ainda onde pára o verdadeiro pensamento do actual Papa, se nos seus antigos escritos de intelectual consequente, se na linguagem cifrada e ambígua dos Ministros do Vaticano.
A questão da entrada da Turquia na União Europeia ganhou recentemente mais um motivo de picante interesse, a respeito do problema de Chipre, que aquela adquiriu ao admitir a entrada de parte desta no seu seio. Agora está obrigada a tratar com a Turquia como país de condição dúplice : amistoso, como candidato a membro da UE, mas hostil, ameaçador, agressivo e frequentemente intratável, numa das fronteiras desta.
E depois da eventual entrada da Turquia, o que se seguirá : entrarão também a Rússia, Marrocos, que, de resto, já formulou o competente pedido, o Líbano, Israel, o Egipto, a Tunísia ou a Argélia ? Acaso ainda veremos a UE a resolver o eterno conflito israelo-árabe?
Uma vez abandonada a matriz europeia, como serão rejeitados outros países candidatos, sobretudo os da bacia do Mediterrâneo, hoje de cultura islâmica, mas outrora pertencentes ao Império Romano, sob a comum civilização latina e depois cristã? Não foi Agostinho um exímio representante dessa florescente civilização?
Pode ser que o celebrado Europeu do Ano ainda nos surpreenda com pensamento original e criativo nesta bicuda matéria. Confesso que não é sem uma ponta de desconforto que faço estas referências a Durão Barroso. Sendo ele um nosso compatriota, porque raio não me sinto honrado com mais uma distinção de que foi alvo? Será que ninguém é profeta na sua terra?
Na verdade, a razão desta indiferença nada tem que ver com isso, mas com a lembrança que ele me deixou do seu desempenho na passagem pelo seu medíocre Governo, e com a sua simulada súbita saída do mesmo, por alegado imperativo de prestígio nacional.
Como recentemente o seu ex-rival, convertido em putativo amigo, vice e braço-direito, no Partido e depois substituto na chefia do Governo, Santana Lopes, acabou por revelar, aquela sua estudada surpresa pelo convite de Bruxelas foi mais uma das suas habilidosas encenações, a que Sampaio Presidente, outro notório simulador, emprestou a sua oportuna cobertura.
Com personalidades destas, bem governados temos andado e, infelizmente, continuamos a andar, na companhia de Sócrates e da sua pretensa família socialista. Como várias vezes aqui tenho afirmado, os dois principais partidos do centro político moderado, de orientação remotamente social-democrática, o PS e o PSD, têm sistematicamente defraudado o eleitorado nas suas passagens pelo Governo.
Tendo ambos aderido, em larga medida, às teses do neo-liberalismo económico e social, alienaram também a grande maioria do seu eleitorado, a depauperada classe média portuguesa, ultimamente posta a sangrar, pela política de suposta destruição de privilégios de Sócrates.
Quando esta «sanha reformativa» terminar, ver-se-á que sobram apenas os privilégios de origem política, directamente patrocinados pelos detentores do Poder, as conhecidas figuras dos aparelhos daquelas duas grandemente desacreditadas formações partidárias.
Até quando o chamado bom povo português continuará aguentando alternadamente tanta defraudação política, é coisa que ainda se não avalia. Mas os seus sinais de enfado e desinteresse com a presente vida política, formalmente democrática, são já bem nítidos, para quem os quiser entender.
Todavia, para que nesta crónica não predomine, por demasia, a nota do desencanto, direi que, apesar dos factores adversos que encontramos por todo o lado, mesmo nos períodos de maior descrença, é possível descortinar motivos para continuar a lutar por melhores dias, por um futuro melhor para Portugal. Basta que nos inspiremos nos bons exemplos da História, da nossa e da das outras nações, que, só para isso, já valeria a pena estudá-las.
Churchill recomendava-nos resistência e paciência na adversidade, acreditando sempre na justeza das nossas convicções. Nisso deveremos perseverar, sendo certo que sem luta, nada se consegue.
Ninguém nos oferecerá de mão beijada aquilo por que almejamos no plano político.
Haverá ainda, entre os actuais Portugueses descrentes, massa crítica suficiente para desencadear uma reacção política consequente?
AV_Lisboa, 03 de Dezembro de 2006
Comments:
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Análise muito oportuna e profunda. E belissimamente apresentada. Mas que dizer? Haverá solução para esta luta permanente entre o conformismo fatalista e a revolta que nos atormenta?
Ou o Mundo e a Vida são mesmo isso?
Ou o Mundo e a Vida são mesmo isso?
Caro Amigo Fernando Vouga,
Se o conformismo se tornar absolutamente dominante, pode não haver solução por muitos e bons anos. Afinal, foi também por isso que Salazar, depois de esgotada a fase reformadora e saneadora da sua acção política, acabou por durar tanto tempo no Governo e não apenas por virtude de uma zelosa polícia secreta.
Se o conformismo se tornar absolutamente dominante, pode não haver solução por muitos e bons anos. Afinal, foi também por isso que Salazar, depois de esgotada a fase reformadora e saneadora da sua acção política, acabou por durar tanto tempo no Governo e não apenas por virtude de uma zelosa polícia secreta.
Meu Caro António Viriato:
Muita verdade no que diz, mormente no facto de aqueles que perderam a Fé serem os mais predispostos a acreditar em qualquer coisa. Isto é particularmente patente nos Anjos, segundo esoterismos vários, completamente diferentes dos da Religião Tradicional e vendidos quase a peso.
Entretanto, a vulnerabilidade das Pessoas à charlatanice, também à política, radicará numa perda de peso delas, na incapacidade de aceitar tudo o que não seja uma expectativa de manutenção do conforto, logo gorada. Daí os votos em vendedores de segunda e o pronto arrependimento, para logo cairem noutra. Os governos mudam mais depressa do que as camisas, o que cega para as verdadeiras ameaças, em que se prefere não pensar.
Abraço.
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Muita verdade no que diz, mormente no facto de aqueles que perderam a Fé serem os mais predispostos a acreditar em qualquer coisa. Isto é particularmente patente nos Anjos, segundo esoterismos vários, completamente diferentes dos da Religião Tradicional e vendidos quase a peso.
Entretanto, a vulnerabilidade das Pessoas à charlatanice, também à política, radicará numa perda de peso delas, na incapacidade de aceitar tudo o que não seja uma expectativa de manutenção do conforto, logo gorada. Daí os votos em vendedores de segunda e o pronto arrependimento, para logo cairem noutra. Os governos mudam mais depressa do que as camisas, o que cega para as verdadeiras ameaças, em que se prefere não pensar.
Abraço.
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